Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

6 de maio de 2016

Quanto valemos?





Não é fácil viver com a sensação de que não somos amados. Ela acompanha-nos desde que nos lembramos de ser gente. Tentamos  desesperadamente agradar, usando o nosso talento. E conseguimos tudo: o topo das tabelas, a multidão em delírio, prémios sem fim, até o Óscar...


A multidão ama-nos. Mas não chega. Aqueles a quem quisemos realmente agradar, aqueles de quem esperávamos reconhecimento, mal ligam. Fingem que não é nada de especial.

Por isso, queremos mais e mais. Mas quanto tempo dura a popularidade? Quanto tempo, até que nos esqueçam, até que nos atirem para o lado, sem pruridos, como a um trapo? Esquecem-nos, assim que deixarmos de sermos novos e bonitos.

Quanto valemos, realmente?

O álcool e as drogas ajudam a dissipar momentos de desespero. E o sucesso, por vezes tornado a atingir, dura pouco, dura cada vez menos. Percebemos que o nosso tempo já passou. Fica cada vez mais cansativo impressionar, estamos a envelhecer...

Não adianta fingir. Já só meia dúzia de saudosos aplaudem... Ninguém nos quer, ninguém nos ama...

Não é fácil viver com a sensação de que não somos amados. Queremos a paz, o sossego! Queremos o fim!

Quanto valemos?


2 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Não consigo sentir pena por estas pessoas que se auto-destroem. Têm tudo, inclusive o poder de tornar o mundo melhor, mas optam por entrar numa espiral de destruição, o que deixa perceber uma personalidade fraquinha. Podes achar-me insensível, mas é a minha sincera opinião.

Cristina Torrão disse...

Estamos de acordo, quanto à personalidade fraquinha. Mas não há dúvida de que lhes falta algo na vida. Talvez nem eles saibam o quê. A pergunta é: o que causou essa falta? Não estou a desculpá-los, apenas penso que tudo tem uma causa...
Mas entendo perfeitamente a tua posição, eu é que tenho a mania de andar sempre à procura de causas ;-)