Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

15 de setembro de 2013

Elogios

«Um elogio, mesmo a formulação de um elogio, dá trabalho. Supõe alguma penetração, pede alguma disponibilidade mental, e moral também».

Fernando Venâncio, Ler nº 125, Junho 2013

E eu digo: se elogiássemos mais e ralhássemos menos contribuiríamos para um mundo melhor.

6 comentários:

Bartolomeu disse...

O elogio simples, directo e concreto, reconhecedor da qualidade que se pretende enaltecer, não parece que tenha de ser uma tarefa difícil, a menos que nesse elogio se pretenda incluir supostas qualidades, ou imaginadas competÊncias, belezas, etc.
Assim como, o elogio só será veículo de estímulo e até de compensação para o elogiado, sendo ele consciente da qualidade das suas competências, se o dito elogio se resumir a evidencia-las concreta e definidamente.
Penso eu de que...

Cristina Torrão disse...

E pensas bem. Mas, na verdade, há pessoas incapazes de elogiar alguém!!! Aquilo que nos parece fácil, a partir do momento em que alguém merece ser elogiado, é extremamente difícil, ou mesmo impossível, para certas pessoas.

Na própria família isso acontece. Muitos pais são incapazes de elogiar os filhos, mesmo que eles mereçam. Acho isso de uma grande pobreza de espírito. E, no entanto, fartam-se de lhes ralhar e pôr defeitos. Foi até mais para esses casos que escrevi este post. Penso que a sociedade teria a ganhar se os pais se esforçassem por realçar as qualidades dos filhos, em vez dos defeitos. Claro que também lhes devem ensinar princípios. Mas se passarmos a nossa infância convencidos que só temos defeitos, raramente vamos longe, nesta vida...

Bartolomeu disse...

Estou a lembrar-me da lenda dos meninos holandeses que patinavam sobre a superfície de um lago congelado, quando um deles, ao passar numa zona onde o gêlo se achava mais fino e não suportou o seu peso, caiu dentro da água gelada. A outra criança, ainda de muito pouca idade, foi imediatamente socorrer o amigo, conseguindo com imenso esforço ajuda-lo a saír do buraco no gêlo. Entretanto, adultos que patinavam no mesmo lago, acercaram-se e manifestaram enorme admiração por uma criança tão pequena ter tido a ousadia e o êxito de retirar o amigo, e comentavam como era possível o menino ter encontrado forças para tão difícil tarefa. Nessa altura, um ancião que assistia ao desenrolar da cena, voltou-se para os adultos espantados e disse-lhes: esta criança foi capaz deste feito, porque não teve nenhum adulto por perto a dizer-lhe que não era capaz.

Alice Alfazema disse...

Sem dúvida, o elogio é a alavanca da motivação.

Gostei muito da lenda dos meninos holandeses! A verdade é que os adultos arrastam as suas tristezas para as mentes mais jovens não as deixando evoluir.

Boa semana :)

Vespinha disse...

E é tão fácil! Porque é que não se faz mais vezes?

Cristina Torrão disse...

Ainda bem que achas fácil, Vespinha, é bom sinal :)
Mas, como a Alice Alfazema diz, muitos adultos arrastam as suas tristezas para as mentes mais jovens...